Saber como fazer a administração do capital de giro da sua empresa é fundamental para manter as portas abertas. Afinal, esse dinheiro é imprescindível para o seu negócio operar sem grandes problemas.

Por isso, neste blogpost, apresentamos boas práticas para gerir esse tipo de capital. Nele abordamos como saber quanto sua empresa precisa ter em caixa para o giro; damos dicas de como controlar o risco desse capital e mostramos a necessidade de um bom relacionamento com seus fornecedores.

Continue sua leitura e aprenda como otimizar o capital de giro do seu negócio!

1. Saiba calcular a quantia destinada ao capital de giro

Um erro muito comum na administração do capital de juros é incluir nos planos financeiros uma quantia que ainda não está disponível na conta da empresa.

Por essa razão, quando você precisar definir o quanto do capital de giro deve ir para conta, procure considerar somente os recursos que sejam provenientes de vendas com a nota fiscal já emitida e prazo de pagamento já estipulado.

Para saber o valor do capital de giro que o seu negócio necessita, calcule a quantia que a empresa tem a receber e some com o valor do seu estoque. Depois, adicione as despesas, incluindo os impostos e tributos.

Por fim, subtraia os recebimentos somados ao estoque do valor das contas a pagar. O resultado será o seu capital de giro, ou seja, a quantia que a sua empresa precisa para operar em um determinado período de tempo.

Em outras palavras, o cálculo do capital de giro é obtido da subtração entre o Ativo Circulante (AC) e o Passivo Circulante (PC). O resultado encontrado é chamado de capital de giro líquido (CGL).

Para que você não coloque a saúde financeira do seu negócio em risco, é importante não contar com o fluxo projetado para o capital de giro.

Você também deve compreender à fundo todos os seus processos. Dessa maneira, estará certo da quantia que pode dedicar ao capital de giro da organização e quando é a hora mais adequada para ajustes, quando necessários.

2. Planeje sua gestão de capital de giro

Realizar a gestão do capital de giro corretamente é crucial para manter as reservas da empresa devidamente equilibradas. Por isso, de nada adianta você saber a importância desse tipo de capital, conhecer a fórmula do cálculo para encontrar seu valor, se não for capaz de controlar adequadamente essa reserva financeira.

Uma atitude fundamental para gerir o dinheiro utilizado para assegurar a operação da organização da maneira correta é estar sempre atento à sazonalidade. Afinal, existem períodos em que as vendas são mais altas e outros em que elas apresentam queda. Mas a venda não é a única variável que impacta no capital de giro.

Vamos supor que uma empresa calculou seu capital de giro e concluiu que precisa de R$800,00 todos os meses. Durante um semestre, essa reserva foi mantida. Porém, no sétimo mês, o faturamento caiu 30%.

Nesse caso, para o gestor atingir a meta de R$800,00 mensais de capital de giro, medidas para controle de gastos precisarão ser implantadas. Essa é a melhor maneira de não esvaziar as reservas do caixa.

Saber o quanto precisa sobrar no final do mês não é garantia de boa gestão do capital de giro. O administrador precisa reavaliar permanentemente o fluxo financeiro das entradas e saídas, de modo a realizar ajustes sem a necessidade de diminuir a margem definida do giro.

O primeiro passo é sempre partir para o corte de gastos. Essa atitude é melhor do que aumentar a produção, visto que isso aumentaria as despesas com os insumos da operação.

Conheça, abaixo, algumas medidas indicadas para conseguir reduzir os custos da sua empresa:

  • caso a sua empresa tenha empréstimos, invista seu tempo na renegociação da taxa de juros. Uma boa saída pode ser trocar uma dívida mais cara por uma mais barata;
  • seja eficiente no controle da inadimplência. Garanta que seus clientes pagarão as parcelas das suas compras dentro do prazo;
  • ajuste para o menor tempo possível o prazo entre o recebimento das suas mercadorias e a sua venda, evitando acumular muito estoque. Lembre-se que estoque é dinheiro parado e pode vir a se tornar um prejuízo para o caixa da empresa, caso deteriore ou perca seu valor adequado de comercialização.

Como você pode notar, gerenciar adequadamente o capital de giro do seu negócio implica, principalmente, em gastar menos com a operação da organização. Assim, a integridade da pessoa jurídica não será ameaçada, preservando a imagem da empresa e mantendo as portas abertas.

3. Seja disciplinado: nunca deixe de repor a quantia usada

Uma prática nunca recomendada para gestão do capital de giro é utilizar esse dinheiro para cobrir alguma despesa da empresa e não restituir o caixa com o valor usado.

Assim que entrar a receita necessária para repor o valor gasto, o responsável pela administração do capital de giro deve realizar essa operação e devolver o que foi gasto, de modo a manter o planejamento financeiro elaborado, reduzindo riscos de imprevistos.

Inclusive, a empresa deve definir um prazo para uso e reposição do capital de giro, evitando que falte esse recurso no caixa.

4. Negocie prazos com seus fornecedores

Essa é a nossa última dica, mas não menos importante. Afinal, saber negociar prazos com seus fornecedores é uma das ações fundamentais para administrar corretamente o capital de giro de um negócio.

O ideal é que você procure ampliar o prazo do seu pagamento para o fornecedor. Assim, terá tempo hábil para vender esse estoque, alimentando o caixa com a receita dessas vendas.

Optar pelo pagamento à vista será vantajoso apenas nos casos em que o desconto oferecido pelo fornecedor for maior do que o custo do seu capital de giro.

Uma boa maneira de começar as negociações é priorizar os fornecedores que fazem negócio com você já a algum tempo, pois você pode usar a credibilidade que construiu para chegar a um acordo que agrade os dois lados.

Outra estratégia eficiente é conhecer o ciclo do capital de giro, planejando seus vencimentos de modo a receber dos seus clientes antes do dia de pagar seus fornecedores.

Em suma, para a correta administração do capital de giro, o gestor não pode deixar de fazer e monitorar o fluxo de caixa, definindo um planejamento orçamentário para o ano e acompanhando periodicamente a sua implementação.

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